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Hostel

A vida privada de cada um de nós compreende a sua intimidade, mas não se esgota nela. Afinal, como dizia a poetisa “Como se um grande amor cá nesta vida não fosse o mesmo amor de toda a gente!...”.

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A vida privada de cada um de nós compreende a sua intimidade, mas não se esgota nela. Afinal, como dizia a poetisa “Como se um grande amor cá nesta vida não fosse o mesmo amor de toda a gente!...”.

26
Jun20

Ensino remoto de emergência e avaliação remota de calamidade no ensino superior

Luisa Brito

IMG_20200625_234614.jpg

 

Não sei dizer se todos, mas, estou convencida de que, com menor ou maior dificuldade, a maioria dos alunos e dos professores se adaptou rapidamente a este ensino remoto de emergência. As aulas foram dadas num registo diferente, mas que não poderia ter sido outro, em pleno estado de emergência.

No entanto, ensino remoto de emergência é uma coisa e avaliação remota em estado de calamidade é outra. Nestas avaliações remotas, professores e alunos estiveram demasiado ocupados com a logística das avaliações, em vez de se concentrarem na efectiva avaliação dos conteúdos. Não correu bem. Os professores, por vezes, poderão ter exagerado nas regras impostas, com vista à minimização da fraude. Já para os alunos, não cometer fraude foi, virtualmente, impossível. Mesmo aqueles que não precisam de fazer batota para obter boas classificações não conseguiram ter o sossego, indispensável à realização de uma prova, tais as múltiplas solicitações de ajuda por parte de colegas, a que dificilmente se poderiam escusar, particularmente no 1º ciclo, sob risco do julgamento de grupo. E, quase todos, sabendo que não havia forma efectiva de poderem ser controlados, fizeram o que puderam. Mesmo as perguntas com consulta consentida, cujas respostas não podem ser encontradas diretamente e, à partida, exigem maior raciocínio, neste tipo de avaliação remota podem sempre ser falseadas pela consulta, no grupo, através das mil redes sociais ao alcance de um toque.

No 1º ciclo, em pleno exame oral, uma aluna inquirida em relação a um determinado tema perguntava aos professores, com a maior das canduras, se podia consultar os seus apontamentos, enquanto outro aluno, com igual candura, descrevia aos professores como ao responder à prova escrita, tinha lido as questões e, no caso de dúvida, tinha consultado os seus apontamentos… E isto foi dito com tanta naturalidade que parece estar já interiorizada a ideia de que esta avaliação remota é um tipo de avaliação naturalmente com consulta, de tudo...

O Sr. Ministro do Ensino Superior afirma ter sido educado numa geração onde se dizia que “é proibido proibir”. E deixou, por isso, às escolas a liberdade de agirem como entendessem nesta situação de pandemia. Já alguns responsáveis pelas escolas, aparentemente, parecem não partilhar da mesma filosofia de vida do ministro… até porque alegam não disporem dos meios financeiros necessários para pôr em prática, com segurança, a certeza do Sr. Ministro de que “pessoas e competências exigem a presença e a interação física".

Estamos quase em Julho. E a partir de Setembro/Outubro como vai ser? Dificultada que está a comunicação, os professores apenas trocam opiniões e preocupações sobre esta situação em círculos restritos. A sensação é mesmo de que se trata de um assunto incómodo…. Cómodo ou incómodo é a realidade que parece que está para durar. Donde, urge escutar os intervenientes, fazer o balanço das experiências já vividas e planear, para melhor controlar, as experiências futuras. Isto é, se queremos continuar comprometidos com um ensino superior de qualidade que assegure que os alunos terminem os seus percursos académicos munidos das competências necessárias para virem a ser bons profissionais.

03
Jun20

Um modo de estar

Luisa Brito

Filhas 2.jpg

 

Um dia destes cá em casa, para simplificar, comprámos um franguinho assado. Mas depois, por motivos vários, acabei por ser só eu a encetar o frango e as filhas comeram outra coisa. Dei-me conta que, sem pensar, estava a escolher para mim as partes que elas menos gostam…. Lembrou-me a minha Mãe que ficava sempre com a pior parte fosse do que fosse. E ainda brincava “Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”. Nada tinha de tola ou de falta de arte, mas tinha tudo de Ser Mãe. E isto nada tem que ver com a idade ou a condição dos filhos. É assim, porque sim. Ser Mãe é um modo de estar, senão mesmo um modo de ser. Ter Mãe é um privilégio. Outro privilégio é Ser Mãe, de sangue e/ou de coração.

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