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É verdade que à medida que vivemos deveríamos ir aprendendo com o que acontece aos outros e, principalmente, com o que nos acontece a nós. Por isso os mais velhos são geralmente mais sábios. Diz o povo que têm a sabedoria da idade ou a sabedoria da vida. Mas nem sempre assim é. Quantas vezes ouvimos dizer “parece que não aprendeu nada com a vida”. O povo também diz que à primeira quem quer cai e à segunda cai quem quer. Mas pessoas que, independentemente de género ou idade, passaram por situações muito difíceis, permanecem muitas vezes no mesmo registo, repetindo os mesmos erros.
E quantos há que replicam os mesmos padrões de que foram vítimas. Quantas vezes o agressor vem de um ambiente de agressão e a acha, por isso, normal. Uma mãe cuja filha era vítima de agressão por parte do namorado e entendia isso como sinal de amor… A mãe, ela própria, também vítima de agressão. A vida devia ensinar a recusar o que nos tira a dignidade, o que nos rouba o respeito próprio. Mas, a vida pede a cada um de nós autenticidade como senha, sem o que é muito difícil aprender. Porque para aprender é necessário abrir mão de ideias feitas, de velhos padrões e, sobretudo, abrir mão do ego para compreender que aquilo que nos acontece não é da responsabilidade exclusiva dos outros. Nunca é, pois, fácil de entender. Mas nem todos somos iguais. Uns há que são melhores alunos, almas mais antigas que juntam já incontáveis ensinamentos. Outros, almas mais jovens, têm ainda muitas viagens para realizar, muitas aulas por assistir. É verdade que a vida ensina, mas cada um de nós tem o seu próprio ritmo de aprendizagem.